Sunday, June 5, 2022
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Nigeria, entre bebidas alcoólicas e não alcoólicas


Nigéria, entre bebidas alcoólicas e não alcoólicas

Chegamos ao país mais populoso do continente africano, a Nigéria, apelidado carinhosamente como Gigante da África, pelo seu tamanho e multiculturalidade, onde se encontram diversas etnias distribuídas pelo país.

Uma curiosidade por ser um país multicultural é que a religião é livre e praticamente dividida entre os mulçumanos e católicos, as religiões tradicionais dos povos nativos como Iorubá e Igbo são minoria entre o povo.

Hábitos não alcoólicos dos nigerianos

Uma das bebidas populares na Nigéria, principalmente no norte do país, é o Kununzaki, também conhecido como Kunu. Essa bebida é feita a partir de grãos podendo ser milho, sorgo ou painço.
Dos três tipos diferentes de grãos, o painço possui a aparência mais leitosa, já o sorgo e o milho tem o líquido mais esbranquiçado.

O Kunu faz parte de uma categoria de bebidas conhecida como Horchata.

As bebidas dessa família tem aparência leitosa comparable, com base de grãos e vegetais e se originaram no século 13 em Valência. Em outros países também podemos encontrar diferentes expressões desta bebida.

Saiba mais sobre a história da Horchata aqui

O processo de preparação do Kunu é interessante porque é feito depois dos grãos germinarem.
Os grãos germinados são misturados com batata doce, gergelim ou pimenta até formar uma pasta lisa.

Na sequência, metade desta pasta lista é separada e diluída em água fervente até ficar próxima a um creme espesso, e então adicione a outra metade e dilua bem, espere até as cascas dos grãos assentarem e depois é só filtrar e engarrafar.

A Nigéria também tem sua versão de chá de hibisco quando servido quente e quando resfriado é dado o nome de Zobo ou Roselle. O diferente é a espécie do hibisco “Roselle” utilizado na receita por ser mais fashionable no território nigeriano. Outro suco fashionable  é o Ginger, feito a do extrato do gengibre, açúcar água e hortelã.

Bebidas alcoólicas típicas da Nigéria

Outra bebida nigeriana que dá orgulhos aos bartenders e bebedores locais é a 1960 Rootz Bitter, algo como a nossa BrasilBerg versão nigeriana, usando raízes ervas e frutas, algumas delas locais.Embebido no poder das raízes, ervas e frutas da Nigéria, 1960 Rootz é um licor de ervas amargo. Lançada no dia da independência da Nigéria (1º de outubro), a marca é uma orgulhosa celebração da liberdade.

Combinado com perfeição com extratos das melhores ervas e raízes africanas, 1960 Rootz possui sabores de caramelo, frutas, mirra, anis estrelado, ruibarbo, camomila, tomilho e laranja.

Uma bebida moderadamente doce com um leve sabor frutado, que é equilibrado pelo contido amargor típico de um tradicional licor de ervas.

Ogogoro, destilado de vinho de palma

Conhecido em outros países africanos com diferentes nomes, na Nigeria o vinho de palma é chamado de Ogogoro. Também já vimos aqui parte do processo do vinho de palma.

Para o Ogogoro é feita a destilação do vinho de palma, onde muitos confundem com etanol por ser extraída de uma fonte pure, mas não é.

O consumo de Ogogoro sempre foi muito discriminado por ser uma bebida barata até que em 2018 foi criada a marca Pedro’s Ogogoro que destila com melhor qualidade e enquadra o destilado em uma classificação premium, com o objetivo que os nigerianos se orgulhem de um produto tradicional e mude a maneira de consumir, não só para ficar bêbados mas apreciar a bebida junto com sua tradição.

Orijin, um bittersweet african spirit

Parece que os nigerianos caíram de cabeça no mundo dos amargos mesmo. Outra bebida muito famosa no país é a Orijin, um “bitterweet african spirit”, feito na própria Nigéria.

Orijin tem tudo a ver com “voltar às raízes”. Como o nome (uma brincadeira com a “origem”) sugere, ele remonta a um passado ritualístico quando os curandeiros tradicionais das aldeias criavam misturas de ervas e frutas frescas para tratar dores de cabeça, malária, baixa libido e outras doenças.

A mistura terrosa de álcool, tangerina, camomila, tomilho e canela visa atrair o bebedor intelectual que segue as tendências, mas se orgulha dos sabores africanos. Orijin está revisitando a tradição “com um toque moderno”.

De acordo com a Guinness Nigéria, mais de um milhão de litros de Orijin foram vendidos no país desde o lançamento da bebida em 2013, e ela foi endossada pela realeza nigeriana.



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